Desde 8 a 10 de janeiro de 2020, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) conduziu uma avaliação rápida em 12 locais de reassentamento nas províncias de Tete e Zambézia após as fortes chuvas de 30 de dezembro de 2019 a 05 de janeiro de 2020. No total, 45 abrigos melhorados, 37 abrigos de emergência e 109 tendas foram completamente destruídas devido às fortes chuvas. (OIM, 10 de janeiro de 2020)
Desde dezembro de 2019, Moçambique sofreu fortes chuvas, ventos e inundações, afetando pelo menos 58 851 pessoas, na Zambézia (17 432), Cabo Delgado (13 169 pessoas), Sofala (6 328), Niassa (5 150), Nampula (4 915), Gaza (4 806), Cidade de Maputo (2 927), Manica (1 684), Tete (1 480) e Maputo (960), de acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC). Mais de 10 200 casas foram danificadas ou destruídas, incluindo 2 589 completamente destruídas e pelo menos 47 escolas foram afetadas. Pelo menos 28 pessoas morreram e 66 ficaram feridas desde o início das tempestades, segundo o INGC. (OCHA, 21 de janeiro de 2020)
De 11 a 15 de fevereiro de 2020, Grudja, Estaquinha, Bandua, Guara-Guara, Vila de Buzi, Muchanesse, Munimucua e outras áreas do distrito de Buzi, província de Sofala, foram severamente afetadas pelo aumento do nível de águas na bacia hidrográfica, que levou a inundações. Essas inundações na região causaram o isolamento de comunidades nas planícies de inundação; membros da comunidade se refugiaram nas copas das árvores, casas e barrancos à espera de resgate. Na vila de Buzi, entre a noite de 14 e a manhã de 15 de fevereiro, o nível da água subiu forçando o deslocamento de mais de 7 400 pessoas somente de Buzi. Um total de 30 centros de acomodação (escolas, igrejas e outros edifícios) foram criados para apoiar os deslocados. (IFRC, 24 de fevereiro de 2020)
